Oluwatosin Tolulope Ajidahun informa que o útero retrovertido, condição em que o órgão se posiciona inclinado para trás em direção à coluna, é uma característica anatômica relativamente comum, presente em cerca de 20% das mulheres. Apesar disso, existem muitos mitos relacionados ao seu impacto na fertilidade, gerando dúvidas e inseguranças, sobretudo entre aquelas que desejam engravidar ou já enfrentam dificuldades para conceber.
Em termos gerais, ter um útero retrovertido não significa necessariamente infertilidade. Na maioria dos casos, trata-se apenas de uma variação anatômica que não interfere na função reprodutiva. Contudo, existem situações específicas em que a retroversão uterina pode estar associada a condições como endometriose, aderências pélvicas ou infecções anteriores, que, sim, podem comprometer a fertilidade feminina.
Quando o útero retrovertido interfere na concepção?
Para Tosyn Lopes, é importante destacar que a retroversão uterina isolada, na imensa maioria das mulheres, não representa obstáculo significativo à gravidez. O útero mantém sua capacidade funcional, inclusive a receptividade endometrial e a possibilidade de gestação normal. Entretanto, quando essa posição retrovertida está relacionada a fatores patológicos, como aderências provocadas por cirurgias pélvicas ou processos inflamatórios, pode surgir dor pélvica, desconforto durante as relações sexuais e, em casos mais severos, dificuldades para engravidar.

Em adição a isso, observa-se que, embora muitas mulheres desconheçam sua condição, ela geralmente é identificada em exames ginecológicos de rotina ou em ultrassonografias pélvicas. Portanto, o diagnóstico correto é fundamental para diferenciar um útero retrovertido funcional, sem relevância clínica, de um quadro associado a outras patologias que demandem intervenção médica.
Diagnóstico preciso e importância do acompanhamento médico
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a confirmação do útero retrovertido é feita através de exame físico ginecológico, complementado, quando necessário, por exames de imagem como a ultrassonografia transvaginal. Nesses exames, o médico avalia não apenas a posição do útero, mas também possíveis alterações estruturais que possam prejudicar a fertilidade ou gerar sintomas incômodos.
O acompanhamento médico é essencial, principalmente em casos em que a retroversão esteja acompanhada de endometriose, miomas ou aderências que causem distorção anatômica dos órgãos pélvicos. Nestes cenários, o tratamento pode envolver intervenções cirúrgicas minimamente invasivas, como a laparoscopia, para restaurar a anatomia pélvica e aumentar as chances de gravidez.
Avanços na medicina reprodutiva para casos específicos
Tosyn Lopes comenta que a medicina reprodutiva tem desenvolvido técnicas cada vez mais precisas para lidar com alterações anatômicas do útero, incluindo a retroversão. Procedimentos como a histeroscopia permitem a avaliação detalhada da cavidade uterina, identificando aderências ou distorções que possam interferir na implantação embrionária.
Somado a isso, conforme pondera Oluwatosin Tolulope Ajidahun, mesmo em casos onde o útero retrovertido esteja associado a condições como endometriose, os avanços na reprodução assistida, incluindo a fertilização in vitro (FIV), podem contornar grande parte das dificuldades mecânicas ou inflamatórias, oferecendo possibilidades reais de sucesso às mulheres que enfrentam esse desafio.
Mitos e verdades sobre o útero retrovertido
Tosyn Lopes frisa que um dos mitos mais comuns é acreditar que a posição do útero dificulta a permanência dos espermatozoides na cavidade uterina, impedindo a concepção. Entretanto, essa crença não encontra respaldo científico. Nota-se também que a anatomia do canal vaginal e a motilidade dos espermatozoides garantem que, independentemente da inclinação uterina, eles alcancem as tubas uterinas para a fecundação.
Por fim, Oluwatosin Tolulope Ajidahun ressalta que, salvo em casos específicos ligados a patologias associadas, o útero retrovertido não deve ser motivo de medo ou ansiedade quanto à fertilidade. O fundamental é manter um acompanhamento médico regular, esclarecer dúvidas e realizar exames quando necessário, para que qualquer eventual obstáculo possa ser identificado e tratado a tempo.
Autor: Roman Lebedev
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.