Superar os obstáculos na gestão de obras públicas é um desafio constante enfrentado por gestores, engenheiros e administradores em todo o Brasil. Segundo Ricardo Chimirri Candia, profissional com ampla experiência na condução de grandes projetos financiados pelo poder público, o sucesso dessas empreitadas depende de planejamento eficiente, controle rigoroso e capacidade de adaptação diante de imprevistos. A complexidade envolvida em obras públicas exige também habilidades de articulação institucional.
Neste artigo, vamos analisar as dificuldades mais frequentes enfrentadas na condução de grandes projetos de engenharia pública e apresentar soluções práticas adotadas por especialistas para garantir o êxito das obras.
Planejamento ineficiente compromete a gestão de obras públicas
A falta de planejamento adequado é uma das principais causas de atraso e aumento de custos em obras públicas. Muitas vezes, os projetos são iniciados sem estudos de viabilidade detalhados, cronogramas realistas ou estimativas orçamentárias precisas. De acordo com o engenheiro Ricardo Chimirri Candia, essa negligência compromete todo o ciclo de execução e afeta diretamente a credibilidade da gestão junto à sociedade e aos órgãos de controle.
Para contornar esse problema, é fundamental investir em uma fase inicial robusta, com diagnósticos técnicos e econômicos aprofundados. A elaboração de um projeto executivo completo, o uso de tecnologias como o BIM (Modelagem da Informação da Construção) e a participação de equipes multidisciplinares são medidas eficazes. Com essas práticas, é possível identificar riscos antes da obra começar, evitando paralisações futuras e garantindo maior previsibilidade no andamento do projeto.
Burocracia e entraves legais atrasam os cronogramas
Outro grande obstáculo na gestão de obras públicas está relacionado à complexidade burocrática e aos entraves legais que envolvem licitações, contratos e liberações ambientais. Conforme apresenta Ricardo Chimirri Candia, que atua há 40 anos como engenheiro, a demora na aprovação de documentos e a rigidez dos procedimentos administrativos podem paralisar canteiros inteiros por longos períodos, impactando o custo final da obra e gerando prejuízos sociais significativos.

A solução passa por uma gestão proativa, com atenção especial à legislação e à conformidade desde os primeiros passos do projeto. A criação de núcleos jurídicos internos, a capacitação constante das equipes e a adoção de ferramentas de gestão de processos ajudam a agilizar trâmites e reduzir falhas. Além disso, manter uma comunicação aberta com os órgãos fiscalizadores contribui para prevenir autuações e embargos, permitindo maior fluidez na execução contratual.
Falta de controle e transparência comprometem resultados
A ausência de mecanismos de controle eficazes durante a execução das obras públicas compromete seriamente a qualidade, os prazos e os custos previstos. Muitos projetos sofrem com desperdícios de materiais, má gestão de pessoal e desvios de recursos por falhas na fiscalização. Como destaca Ricardo Chimirri Candia, a transparência e o monitoramento constante são pilares indispensáveis para garantir a integridade da obra e a confiança da população.
Uma estratégia eficaz é adotar sistemas integrados de gestão, que permitam o acompanhamento em tempo real das etapas do projeto, conciliando informações técnicas, financeiras e administrativas. Auditorias internas, relatórios periódicos e o uso de indicadores de desempenho fortalecem o controle interno. Além disso, a publicação de dados em plataformas públicas fortalece a cultura de accountability e contribui para a prevenção de irregularidades.
Em suma, superar os desafios na gestão de obras públicas exige uma abordagem estratégica, multidisciplinar e pautada na eficiência. Planejamento detalhado, redução da burocracia e implementação de mecanismos eficazes de controle são elementos essenciais para garantir que os projetos atendam às necessidades da população. Para Ricardo Chimirri Candia, a experiência demonstra que soluções bem estruturadas e foco na gestão de qualidade resultam em obras mais rápidas, econômicas e sustentáveis.
Autor: Roman Lebedev